Lagoa do Carro oferece muitos atrativos de cultura e lazer ao Turista

Os lagoenses do carro têm em sua raiz um povo forte, alegre e hospitaleiro

O município localizado na zona da mata norte de Pernambuco, a 54 km de distância do Recife. Era distrito de Carpina, em 1991 teve a sua emancipação tornando-se Lagoa do carro. Os moradores mais velhos contam que esse nome surgiu depois que um carro de bois caiu em uma das Lagoas, que depois foi aterrada e não existe mais. Então foi consagrada outra lagoa na qual é referencia da cidade.

Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Lagoa do Carro tem 69,666 km e mais de 16 mil habitantes que sobrevivem da agropecuária. Deste total 12.323 são considerados católicos apostólicos romanos a cidade tendo como padroeira a Nossa Senhora da Soledade, os eventos festivos em homenagem a santa acontecem todos os anos no dia 2 de fevereiro.

A CULTURA DOS TAPETES

A região é conhecida como terra dos tapetes, essa atividade é desenvolvida pelas mulheres e alguns homens que com muita habilidade e criatividade confeccionam os tapetes através da tela, linha de lã de carneiro, agulha e o forro. Essa cultura é passada de gerações por meio da Associação das tapeceiras, atualmente contam com 22 pessoas. Como nos conta Dona Lia dos tapetes, que trabalha há 30 anos, “Quem começou trazendo esse artesanato para Lagoa do Carro foi Tereza Lira. Quando expandiu essa cultura Isabel Gonçalves fundou a associação em 1989 com um grupo de mulheres. A cooperativa continua até hoje”.

Existem quatros tipos de formas nas decorações para os Tapetes que são o colonial que parece azulejo, o geométrico com formas geométricas, floral que tem figuras de flores e o disponível que vem com a ideia de temas livres. O preço em média é de R$ 600,00 o metro quadrado. Se os visitantes quiserem comprar e vê como são realizados os trabalhos a Associação das Tapeceiras fica aberto todos os dias, agora nos domingos é apenas no horário da manhã.

Dona Lia dos Tapetes trabalha a 30 anos como tapeceira

A CACHAÇA QUE TRAZ CULTURA ATRAVÉS DO RÓTULO

José Moisés de Moura é colecionador de cachaça desde 1986, esse interesse surgiu quando foi a São Paulo e percebendo algumas garrafas de cachaça demonstravam uma certa cultura nos rótulos de cada região decidiu colecioná-las. No caminho de volta a sua casa comprou 50 garrafas todas diferentes, de cada lugar por onde passava. Alguns anos depois Seu Moura da cachaça, como é conhecido, já tinham em sua coleção quase duas mil cachaças foi daí que surgiu a ideia de criar o Museu da Cachaça.

Moura conta o principal causa que o levou a construir o museu. “Foram dois motivos. Primeiro foi para preservar aquilo que foi história no nosso estado e do nosso país e o outro é uma proteção para coleção. Porque ao longo desse tempo, de 1986 pra cá, eu comprei muitas garrafas de diversos colecionadores que vieram a falecer e dificilmente a família tem interesse de dá sequencia aquilo, o resultado é eles desfazerem a coleção. Hoje talvez, quando eu for embora, alguém da família se interesse em manter pelo menos o museu e o acervo”.

Atualmente ele tem 14.249 garrafas e entrou para o Guinnes Word Record como o maior colecionador de Cachaça no Mundo. Em seu acervo além de cachaças com rótulos feitas de forma artesanal e garrafas do Brasil e do mundo, ele conserva em algumas delas pequenas cobras, pois em alguns lugares, como a Bahia, tem a costume de tomar cachaça com cobra. A maior dificuldade de Moura da cachaça é com a prefeitura da cidade, pois o seu desejo é oferecer uma estrutura de qualidade aos visitantes, porém não está encontrando apoio.

O Museu da Cachaça fica aberto diariamente das 8h ás 17h, com o custo de R$ 12,00 a inteira e estudantes pagam meia entrada, para conhecerem a cultura de Pernambuco e do mundo atrás dos rótulos das cachaças.

Fotos do Museu da Cachaça em Lagoa do Carro - PE

POLO GASTRONÔMICO DE LAGOA DO CARRO

Uma das vantagens em ir a Lagoa do carro é experimentar a comida caseira, típica da região. Com vários bares e restaurantes em que cada um deles apresenta em seu cardápio um prato especial, como é o caso do bar e restaurante O Capão. Seu Lucimário Wanderley, dono do bar, conta um pouco sobre como decidiu abrir o seu negócio, “Não tive muito estudo e sabendo da potencialidade do polo gastronômico de Lagoa do Carro, corri para esse lado e decidir montar o restaurante com diversas opções de pratos mas preservando a principal cultura matuta que é comer o pirão do Capão e graças a Deus hoje estamos há cinco anos com muitas clientelas. Até bandas e personalidades publicas vieram experimentar nossa comida, como é o caso das bandas Saia Rodada e Calypson.”

Os bares e restaurantes sempre passam de pai para filho e que levam essa tradição de trazer o melhor tempero regional. O restaurante do recanto kinka Pial que sua especialidade é a carneiro e galinha capoeira a faixa de preço no almoço para duas pessoas é de R$ 18,00 a R$ 23,00. Já no Bar e restaurante do Maciel o carro chefe é costela de porco. O almoço comercial para duas pessoas é de R$17,00. A receptividade e a comodidade é um dos pontos importantes para os donos dos restaurantes nessa região.