Serra das Russas
- Por Davi Peixoto
- 13 de out. de 2017
- 2 min de leitura

Nos últimos anos a Serra das Russas tem se tornado mais um destino para os amantes do ecoturismo e para quem gosta da pratica de esportes radicais. Está localizada a 80km da capital Pernambucana na divisa entre os municípios de Pombos, Chã Grande e Gravatá, sua altitude varia entre 400 e 600 metros, o que faz da Serra das Russas uma das áreas mais acidentadas do Planalto da Borborema. No passado foi um dos principais obstáculos para o desbravamento e desenvolvimento do interior de Pernambuco.
Ganhou o nome de Serra das Russas devido a constante neblina que domina no começo da manhã e em dias chuvosos. Dai a origem do nome russas, que vem da palavra ruça, usada para se referir a nevoeiro,


Em suas encostas predomina as plantações de abacaxi onde é comum ver o comercio do fruto na beira da rodovia.
Tempos atras a serra era vista como uma das áreas mais perigosas e arriscadas para motoristas em viagem na BR-232, Com uma grande reforma de duplicação, ficou mais segura porém o risco de acidentes no local é grande e foi preciso colocar duas lombadas eletrônicas no local para reduzir a velocidade.
Quem viaja no sentido Recife-interior além das belas paisagens, pode conferir o primeiro túnel rodoviário de Pernambuco, chamado de Túnel Cascavel ou Plínio Pacheco com extensão de 370 metros, a Ponte Cascavel com 450 metros de extensão e aproximadamente 50 metros de altura máxima é outra atração,

Recentemente o local ganhou um mirante com a imagem de Nossa Senhora das Graças, local muito frequentado por católicos e fieis.

Poucos conhecem, mas foram construídos 14 túneis na estrada de ferro que liga Gravatá ao distrito de russinhas no agreste pernambucano, são 17 Km de extensão com escavações nas rochas e mais seis viadutos construídos no século XIX. Todos desativados. Essa era a única solução para os trens cruzarem as regiões montanhosas simplesmente porque ferrovias não sobem e descem colinas, como acontece com as rodovias. Na verdade, a linha teria 21 passagens subterrâneas, mas sete foram desfeitas por razões técnicas de segurança.

O último trem que cruzou a ferrovia foi no ano 2000, conhecido como o trem do forró, conduzindo forrozeiros para caruaru e encerrando um ciclo de apitos e fumaça. Hoje a ONG Amigos do Trem percorre os trilhos escondidos pelo mato levando grupos de caminhantes. André Cardoso presidente da ONG afirmou em uma entrevista para o JC. "Tudo isso no meio de uma convidativa paisagem serrana. "sem dúvidas, é uma das partes da linha centro mais favoráveis para o turismo sobre trilhos. E na chuva a serra fica ainda mais bonita"